CPI das apostas esportivas considera convocar presidente da CBF para depoimento

A comissão parlamentar de inquérito iniciou seus trabalhos em 24 de maio, investigando a manipulação de resultados em jogos de futebol no Brasil.

Segundo Júlio Arcoverde (PP-PI), a prioridade é ouvir todas as pessoas envolvidas na Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).

“Os jogadores, sindicatos dos jogadores, sindicatos dos árbitros, associação de empresas de postas, entidades de futebol, todos participarão das oitivas”, afirmou Arcoverde.

O deputado ressaltou que uma investigação minuciosa será conduzida para evitar falhas que possam prejudicar a reputação de jogadores inocentes.

“Estamos falando de uma paixão nacional que gera emprego, renda e mídia. Não podemos ser covardes e apontar alguém inocente, assim como não iremos inocentar os culpados”, afirmou.

CPI das apostas esportivas busca investigar manipulação de jogos e propor regulamentação

A CPI das apostas esportivas foi iniciada a partir da Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que identificou indícios de manipulação de jogos nas principais divisões do Campeonato Brasileiro do ano passado, bem como em competições estaduais de 2023.

O presidente da comissão, deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), que também é ex-presidente do River-PI, destaca que, embora irregularidades desse tipo sempre tenham existido, elas se intensificaram com o crescimento das casas de apostas.

Essas plataformas permitem palpites em diversos aspectos relacionados aos eventos esportivos, ampliando as oportunidades de apostas além do resultado final do jogo.

Arcoverde enfatiza a importância de punir os envolvidos em manipulações durante a operação, mas também defende a busca por soluções para o setor. O plano de trabalho da comissão inclui a apresentação de projetos de lei visando à conclusão do processo de regulamentação das apostas esportivas no Brasil.