New York Times afirma que apostas podem causar o fim do jogo do bicho no Brasil

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No último domingo, 12, o jornal americano, New York Times, publicou uma matéria acerca do risco ao futuro do jogo do bicho no Brasil. Segundo o jornal americano, a chegada das apostas esportivas, popularmente conhecidas como "bets", podem colocar em risco o futuro do jogo do bicho.

Na reportagem, o informativo colocou a situação como "crise existencial" do jogo do bicho. Com a quantidade ilimitada de sorteios e prêmios mais atrativos sendo pagos pelas bets, os brasileiros estão cada vez menos dispostos a gastar com o bicho.

Outro ponto de destaque é o fato de que a maioria dos jogadores do bicho, possuem idade média acima de 50 anos. Por outro lado, as bets movimentam quase R$140 milhões por ano em todo país, abrangendo um público de todas as idades.

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O governo brasileiro ainda estima que quase um quarto da população tenha feito apostas online nos últimos cinco anos e que o gasto médio ultrapassa R$20 bilhões mensais. Uma entrevistada no Rio de Janeiro, afirmou recentemente que perdeu cerca de R$480 mil em jogos no Fortune Tiger, o famoso "Tigrinho", nos últimos dois anos e ainda afirmou ser difícil parar de jogar em entrevista ao New York Times. Já Vitória Bittencourt, de 23 anos, afirmou que as apostas são, "pior que droga, é desesperador". Vitória já perdeu R$50 mil de suas economias pessoais e já acumulou R$110 mil em dívidas oriundas de empréstimos para apostar no "Tigrinho". 

Com o crescimento das bets, se iniciou também um debate sobre a regulamentação da atividade no Brasil. Aliás, o dinheiro colocado nos jogos online já está impactante na atividade comercial nacional que segundo a Confederação Nacional do Comércio, cerca de R$100 bilhões que iriam ao comércio foram colocados em apostas online.

Até o próximo mês de abril, o STF deve discutir se as bets são ou não legais no Brasil. Recém regulamentadas, as bets ainda possuem desdobramentos no futebol, já que a lista final de bets autorizadas para operar no Brasil, emitida no último 31 de dezembro, não incluiu as patrocinadoras de Flamengo e Corinthians. Atualmente, as casas de apostas estão entre as maiores fontes de receita dos clubes nacionais.

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