Permanencia de fantasy games no Marco Legal de Games pode beneficiar cenário das apostas esportivas

Recentemente, os games fantasy permaneceram no Marco Legal de Games, e esse ponto pode beneficiar bastante as casas de apostas. Quem comentou isso foi o presidente da RING, Márcio Filho, que viu a permanência da categoria no Marco como uma chance das casas de apostas contornarem a taxação imposta pela nova regulamentação das apostas esportivas.

Em entrevista recente ao programa Drops Debate 10, o presidente da RING expressou sua opinião e preocupação acerca do assunto em questão.

“Uma vez que o Rei do Pitaco seja classificado como fantasy game, jogo fantasia, quantos dias vai demorar para que todas as outras bets virem fantasy games? Eu respondo a própria pergunta que fiz: Um dia”, comentou Márcio Filho.

O presidente da RING ainda comentou que as casas de apostas podem usar a PL a seu favor se beneficiar da mesma, com a criação de seus próprios games fantasy.

“Bet365 vai lançar o seu fantasy game com premiação de 500 mil libras. É uma matéria de uma publicação citando a sessão temática do PL com essa propaganda embaixo. Estamos denunciando algo que não são vozes da nossa cabeça. Se eles quiserem fazer o marco legal deles, que façam o deles, sem mexer no nosso”, acrescentou.

Márcio mostrou preocupação perante o Governo e suas taxas

Além disso, Márcio ainda comentou sobre o quão prejudicial será essa articulação das casas de apostas em relação ao Governo. É importante lembrar que, a taxação das apostas esportivas se deu como uma maneira de compensar o prejuízo possível para o Governo com as novas leis fiscais impostas pelo presidente Lula.

“Todas elas, todas elas, estão com o seu fantasy game pronto num subdomínio qualquer da sua página para, no momento que esse PL for sancionado, eles lancem seu fantasy e deixem de ser bet. Se for aprovado o texto como está, o governo Lula arrecadará zero reais. Todas elas fugirão da tributação através dos jogos eletrônicos. Anotem e escrevam o que eu estou falando e vejam se não é verdade”, concluiu.

Há algumas semanas, a PL 3.626 foi aprovada pela Câmara e causou discussões acerca da taxação de 18% impostas às casas de apostas. Inclusive, o presidente da ANJL, Wesley Cardia, comentou que a medida fere qualquer lei comercial vigente no país. Ao que se sabe, muito ainda será discutido até que seja estabelecia uma regulamentação das apostas esportivas no Brasil.