Anatel e ANJL buscam maior autonomia para retirada de sites clandestinos do ar

Acordo prevê comunicação direta para identificar e interromper plataformas irregulares

Anatel e ANJL buscam maior autonomia para retirada de sites clandestinos do ar

(Imagem: Google - Carlos Baigorri e Plínio Jorge)

 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) se reuniram rencentemente em Brasília, onde os presidentes das duas entidades, Carlos Baigorri (Anatel) e Plínio Lemos Jorge (ANJL), deram início às conversas para firmar um Acordo de Cooperação Técnica, com o objetivo de aprimorar os mecanismos de interrupção de plataformas clandestinas.

 

A iniciativa busca criar um canal de comunicação direto entre a ANJL e a Anatel, permitindo à associação notificar rapidamente sobre sites ilegais identificados no mercado. O desafio, segundo Plínio Lemos Jorge, é garantir a permanência do bloqueio das plataformas clandestinas, que frequentemente burlam as intervenções da agência reguladora para continuar acessíveis aos apostadores brasileiros.

 

Leia também 

 

“A nossa ideia é, por meio dessa parceria, criar uma comunicação direta com a Anatel, informando sobre os sites ilegais que viermos a identificar. O grande desafio hoje, compartilhado pelo presidente Baigorri, é a permanência do bloqueio dessas bets que estão à margem da lei”, afirmou Plínio.

 

O mercado de apostas online no Brasil será regulamentado a partir de 1º de janeiro de 2025. No entanto, a atuação das plataformas ilegais já se mostra uma ameaça à eficácia dessa regulamentação. Segundo o presidente da ANJL, a multiplicação de sites sem autorização compromete o funcionamento justo e seguro do mercado regulado.

 

“Não há como sustentar uma indústria que siga todas as regras fixadas pelo regulador e que tenha que conviver com a existência e a livre atuação de plataformas ilegais. Um cenário como esse tornaria ineficaz a regulamentação do mercado, promovendo um ambiente injusto, confuso e perigoso para os apostadores no Brasil”, destacou.

 

Como parte da parceria, a ANJL planeja estabelecer um observatório que monitore o mercado regulado em relação ao ilegal. A iniciativa permitirá que casas de apostas licenciadas contribuam para a efetividade da regulamentação, enquanto a fiscalização e ações punitivas seguirão sob responsabilidade da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda. A SPA, por sua vez, já demonstrou ação contundente ao determinar o bloqueio de mais de 5.200 sites de apostas sem autorização até o momento.

 

A criação do Acordo de Cooperação Técnica entre Anatel e ANJL marca o início de uma estratégia mais coordenada para combater práticas ilegais no setor. Enquanto isso, no Supremo Tribunal Federal (STF), duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI nº 7721 e ADI nº 7723) questionam a Lei nº 14.790, conhecida como Lei das Bets.

 

A parceria é vista como um passo crucial para garantir a proteção dos apostadores e a sustentabilidade do mercado regulamentado, que busca equilíbrio e segurança para todos os envolvidos.

 

🔞 O jogo não é a sua realidade e o resultado de sua aposta não te define como uma pessoa bem ou mal-sucedida. Procure ajuda psicológica e conheça o que é a Ludopatia.