Meta é notificada pelo Ministério Público de São Paulo após anúncio de casas de apostas feitos por menores de idade
Notificação partiu após relatório do Instituto Alana.
(Crédito da imagem: Redes Sociais)
A Meta, empresa responsável por Facebook, Instagram e Whatsapp, foi notificada pelo Ministério Público de São Paulo por conta de anúncios de jogos de azar feitos por menores de idade. A notificação partiu de um relatório feito pelo Instituto Alana, Organização Não-Governamental que trabalha em defesa da infância e adolescência.
O relatório apresenta perfis de influenciadores mirins no Instagram, que fazem anúncios de casas de apostas, especificamente relacionadas ao futebol. A Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da Capital solicitou que o Instagram se manifeste sobre os perfis e informe “as medidas concretas adotadas para coibir a exposição de crianças e adolescentes à promoção e divulgação de jogos de aposta online”.
🗞️ Leia também
- Jogo do Patrocinense pela Série D do Brasileirão é investigado por possível manipulação de resultado
- Prejuízos e premiações não pagas "Jogo do Tigrinho" aumentam e acendem alerta para a ludopatia
A Meta respondeu oficialmente ao "Folha de São Paulo" acerca de uma matéria veiculada pelo jornal sobre o tema de menores de idade envolvidos em anúncios de casas de apostas e jogos de azar. A empresa afirmou ser contrária aos anúncios e que possui um processo sério no combate a violação de suas diretrizes.
"Não permitimos menores 13 anos em nossas plataformas, salvo em casos de contas gerenciadas por um responsável. Nossas políticas também não permitem conteúdos potencialmente voltados a menores de 18 anos que tentem promover jogos online envolvendo valores monetários, e removemos posts dessa natureza das contas apontadas pela reportagem. Usamos uma combinação de tecnologia e revisores humanos para identificar conteúdos e contas que violem nossas políticas e estamos sempre trabalhando para aprimorar a nossa abordagem em prol de um ambiente seguro para todos", respondeu a empresa à Folha de São Paulo.
A Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da Capital ainda deseja saber "quais são os mecanismos de controle de conteúdo contra publicidade ilegal e abusiva dirigida ao público infantojuvenil" e solicitou os dados cadastrais dos responsáveis pelos perfis e apartir das informações, irão definir se será instaurado um inquérito civil.