Jogo legal: Quando a diversão acaba, pare!
Um dos pontos que mais preocupam quando falamos em apostas esportivas, são as possibilidades que algumas pessoas tem de desenvolverem vícios. E como as empresas e tipsters tem trabalhado para ajudar pessoas que desenvolveram o vício?
O vício em apostas esportivas é um problema que vem sendo combatido tanto por empresas, como por profissionais ligados ao investimento esportivo. Para se ter uma ideia, o Governo Federal pretende criar um disque-ajuda, para auxiliar pessoas que desenvolveram, ou estão vulneráveis ao vício em apostas.
Além disso, vários tipsters, traders e investidores esportivos tem feito um trabalho super interessante a fim de trazer uma solução para tal problema.
Já as casas de apostas desenvolveram mecanismos que fazer com que o mercado feche ao ser detectado algum movimento causado por compulsão em apostas. Além disso, as plataformas de apostas desenvolveram sistemas que emitem mensagens a fim de fazer com que as apostas sejam responsáveis e segura.
Tema foi discutido no BiS SiGMA Américas
E o assunto foi abordado no BiS SiGMA Américas com algumas pessoas que tem atuado na luta pelo investimento responsável. Foram eles:
- Aline Giosa, Psicóloga;
- Ricardo Magri, diretor da Empresa Brasileira de Apoio à Compulsividade – EBAC;
- Abelardo Dantas, diretor da Cactus Gaming;
- Arthur Silva, diretor do IBJR – Instituto Brasileiro do Jogo Responsável;
- Tiquinho Pessoa, tipster.
Ludopatia foi abordada como ponto inicial da palestra
A Ludopatia, compulsão por jogos, foi um dos primeiros temas abordados na palestra. Segundo a psicóloga Aline Giosa, a Ludopatia é uma doença que culmina em vício em jogos e apostas.
Suas principais causas são histórico familiar, fatores genéticos, fatores psicológicos e sociais. E as formas de tratar são através da autoaceitação, psicoterapia e medicação.
“Exatamente as pessoas que não sabem e não conseguem parar, né? Hoje, na hora que eu estava vindo pra cá, por coincidência, eu recebi uma mensagem de um cara: Aline, eu te encontrei no INSTAGRAM e eu perdi 150K, e eu não consigo parar”, comentou Aline.
Compulsão e melhorias nas plataformas também foram temas abordados
Em sequência, o diretor-técnico do Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJR), também trouxe experiências sobre o assunto. O instituto vem fazendo um grande trabalho em relação ao jogo responsável.
“Porque veja bem, com problema, você deixa ele mudar o limite de depósito e vai tentar recuperar as perdas então esse limite que a pessoa começa a passar, a possibilidade de solicitar uma alta exclusão. Então, eu tive uma noite dessa. Eu perdi dinheiro, fiquei sem controle”, comentou Arthur Silva.
Abelardo Dantas, comentou sobre a questão da casas sempre ter lucro.
“É que a matemática é feita de uma forma pra ser justa, tanto pra casa, quanto pro jogador, mas que no final a casa tenha lucro, até porque não é um negócio de filantropia”, acrescentou o diretor da Cactus Gaming.
Ricardo Magri, diretor da Empresa Brasileira de Apoio à Compulsividade (EBAC), comentou sobre formas de coibir e diminuir o vício em apostas e jogos.
“Um outro X da questão, é uma questão comportamental. Como tudo que é comportamental, você tem que ir cercando, não é saudável você deixar o terreno virgem, porque aí você vê de tudo e a gente já assustou aqui alguns exemplos. Eu já vi muita coisa. E tem tem gente que perde muito dinheiro com isso”, falou Magri.
Ética e controle emocional também foram temas abordados na palestra pelo tipster Tiquinho
O tipster Tiquinho falou da ética nas apostas e comentou sobre as plataformas serem uma “terra que tudo pode”. Segundo ele, o seu lado profissional é cansativo, não é divertido, requer conhecimento e análises e que para uns é lazer, para ele é trabalho.
“Do meu lado como profissional, muitas vezes não é divertido, é cansativo, é um trabalho, a gente tem que acordar e seguir e acompanhar e ver se abrir o jogo, se tá desregulado”, comentou o tipster.
Além disso, Tiquinho falou sobre a importância de entender a diferença de conhecer futebol e conhecer as apostas. Segundo ele, entrar nas apostas sem estudo e conhecimento, faz com que você caia em lugares que propiciam o desenvolvimento de vícios.
“As pessoas elas caem de paraquedas. E aí, quando elas caem de paraquedas, é como se elas fossem andar num limbo, onde elas vão ter um monte de armadilha feita pelas casas pra justamente elas ser instigadas a tomar decisões que vão ser muitas vezes irracionais”, acrescentou Tiquinho.
Assim, Tiquinho complementou sobre a importância da educação e controle emocional aos apostadores
“Então, eu vejo o lado do operador, ou do lado do mercado brasileiro, a regulamentação era essencial. O lado do influenciador, eu acho que educar, de explicar pras pessoas que tão chegando aonde que ela tá pisando, que é possível sim ganhar, mas que também tem grande chance de você perder. Isso é essencial pra gente ter um jogo no Brasil de uma maneira saudável”, concluiu.
Além disso, Tiquinho complementou sua fala comentando sobre a importância do controle emocional nos investimentos esportivos.
“É muita gente querendo ter o controle emocional pra poder apostar, e acham que o controle emocional é você não ter sentimento. Quando na verdade, é você justamente, gerenciar esses sentimentos. Porque não tem como você, ah, eu vou anular a minha raiva, eu vou anular a minha felicidade, vou ganhar e vou ficar do mesmo jeito que eu ficaria se não tivesse ganhado nada”, concluiu.