Caso PixBet: Corinthians é citado em relatório sigiloso da CPI do INSS
O clube foi citado devido a transferência de R$ 4 milhões ao escritório Nelson Wilians, que defendeu a PixBet em disputa contratual
Thaynara Godinho em 3 de novembro de 2025

O Corinthians foi mencionado em relatórios sigilosos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, que apura um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e benefícios previdenciários. O clube não é alvo direto das investigações, mas seu nome surgiu nos documentos devido a uma transferência de R$ 4 milhões feita ao escritório de advocacia Nelson Wilians, atualmente sob apuração.
O valor foi registrado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), solicitado pela CPI. O documento integra o conjunto de informações obtidas após a quebra de sigilos fiscais e bancários de investigados ligados à operação “Sem Desconto”, que desvendou um esquema bilionário de fraudes no INSS.
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De acordo com a assessoria do Corinthians, a transação corresponde ao pagamento de honorários advocatícios referentes à defesa do clube em uma disputa contratual com a casa de apostas PixBet, antiga patrocinadora do time.
O escritório Nelson Wilians representou a PixBet durante a rescisão do contrato com o Corinthians, firmada no início de 2024. Na época, o clube encerrou o vínculo com a empresa para fechar acordo com a Vai de Bet, anunciado como o maior patrocínio do futebol brasileiro, mas que acabou não se concretizando.
Como parte do acerto, o Corinthians se comprometeu a pagar R$ 40 milhões à PixBet em parcelas, além de quitar os valores referentes à assessoria jurídica envolvida na disputa.
O advogado Nelson Wilians, dono do escritório citado, é investigado pela CPI por suposta participação em um esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários. O colegiado determinou a quebra de seus sigilos bancário e fiscal e solicitou relatórios detalhados de suas movimentações ao Coaf.
Segundo as apurações, o advogado mantém relações financeiras com o empresário Maurício Camisotti, apontado como beneficiário das fraudes. Camisotti foi preso durante as ações da Polícia Federal, que também deteve Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
O relatório da operação aponta movimentações atípicas de até R$ 4,6 bilhões ligadas a Wilians. Em busca e apreensão realizada em sua residência, foram confiscadas obras de arte e esculturas de alto valor, incluindo um quadro de Di Cavalcanti.
A defesa de Nelson Wilians afirma que não há qualquer ilegalidade nas transações e que o pagamento do Corinthians foi feito de forma legítima, dentro de um contrato de prestação de serviços advocatícios.
Em nota, o advogado Santiago Schunck, representante de Wilians, classificou como “grave” o vazamento de informações sigilosas da investigação e disse que o cliente é alvo de uma campanha de difamação.
“A divulgação de dados protegidos por sigilo fiscal e bancário é uma violação grave do princípio da confidencialidade que deve nortear qualquer investigação”, afirmou Schunck.
Mesmo sem ser investigado, o Corinthians acabou citado no material da CPI devido à amplitude das quebras de sigilo aprovadas pelo colegiado. A medida permite que a comissão receba informações sobre entidades e pessoas físicas que mantiveram relações financeiras com os investigados.
A CPI do INSS segue em andamento no Congresso Nacional e deve apresentar nas próximas semanas um relatório parcial com novas recomendações de indiciamento e medidas de responsabilização civil e penal.
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