Empregos no setor de apostas triplicam após regulamentação e já pagam o dobro da média salarial brasileira
Nova legislação impulsiona contratações, qualifica profissionais e consolida um dos mercados que mais crescem no país
Thaynara Godinho em 17 de novembro de 2025

A regulamentação das apostas esportivas no Brasil vem provocando uma mudança profunda no cenário profissional do setor. Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), em parceria com a LCA Consultoria Econômica e baseados na RAIS 2024, mostram que as empresas do segmento avançaram como poucas na geração de empregos, na qualificação da mão de obra e na remuneração média, hoje muito superior à registrada no mercado nacional.
O levantamento aponta que 2024, ano marcado pelo avanço regulatório, foi determinante para o salto do setor. Em apenas doze meses, o número de trabalhadores formais triplicou, consolidando um ritmo de crescimento incomum no país. Atualmente, são 10 mil empregos diretos, incluindo contratados próprios e terceirizados, e 5,5 mil postos indiretos, gerados a partir de serviços necessários ao funcionamento das empresas de apostas.
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Além disso, a regulamentação ampliou a estrutura interna das casas de apostas e exigiu profissionalização. Ao todo, 67 novas ocupações foram formalizadas, revelando a complexidade e diversidade das funções. Entre elas estão cargos como designer de produto, analista de riscos, especialista em pesquisa de mercado e desenvolvedores de sistemas.
A nova dinâmica do setor também se reflete no perfil dos profissionais contratados. As vagas abertas pelas empresas de apostas exigem competências técnicas e grande domínio tecnológico, o que faz com que o nível de escolaridade seja muito mais alto do que o observado no mercado brasileiro como um todo.
Em 2024, 65% dos trabalhadores do setor possuíam ensino superior completo ou incompleto, enquanto no país esse grupo representa apenas 21,2% do total de vínculos formais. Já no conjunto da economia brasileira, quase 79% dos trabalhadores têm até o ensino médio completo, cenário inverso ao das casas de apostas.
O estudo mostra ainda que:
47% das ocupações nas bets são classificadas como de alta qualificação;
53% são funções não qualificadas, porém com remuneração acima da média nacional;
As áreas mais comuns entre os empregos diretos são TI e segurança cibernética, compliance, jurídico, marketing, atendimento ao cliente, administrativo e financeiro.
Essa especialização crescente é impulsionada por exigências legais, como sistemas robustos de prevenção à lavagem de dinheiro, proteção de dados, combate à manipulação esportiva e canais de ouvidoria obrigatórios para defesa do apostador.
Com maior nível técnico e necessidade de mão de obra especializada, o setor de apostas se destaca também pelos salários, que já superam com folga a média nacional. As estimativas para 2025 mostram que:
O salário médio dos empregados diretos deve alcançar R$ 7 mil;
Para trabalhadores terceirizados, a média ficará próxima de R$ 4 mil;
No Brasil, o salário médio geral projetado é de R$ 3,2 mil, segundo o IBGE.
O contraste também aparece na distribuição salarial. Em 2024, enquanto 42% dos trabalhadores das bets ganhavam acima de sete salários mínimos, no Brasil esse grupo representava apenas 24,1%. Na faixa de até dois salários mínimos, a diferença é ainda mais clara: 35% dos brasileiros estão nesse patamar, contra apenas 13,4% dos profissionais das apostas.
Esses números reforçam a atratividade do setor e mostram que a regulamentação não apenas trouxe segurança jurídica, mas também impulsionou uma cadeia produtiva moderna, qualificada e altamente competitiva.
Com a implementação completa das regras previstas na legislação e o aumento das exigências regulatórias, a projeção para 2025 é de crescimento contínuo. A profissionalização das empresas, somada à necessidade de transparência e segurança, deve manter o setor como um dos mais promissores para criação de empregos de alto valor agregado no país.
O mercado de apostas, antes informal e disperso, se consolida como uma indústria estruturada, e agora, oficialmente, como uma forte fonte de empregos qualificados e de remunerações capazes de atrair talentos de diversas áreas.
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