Na última terça-feira, 12, a Caixa Econômica Federal e a Playtech se reuniram com a FEBRALOT, sindicatos estaduais e cerca de 70 empresários lotéricos, em São Paulo. O objetivo da reunião foi apresentar o plano de apostas da Caixa Loterias, além de marcar o início de workshops sobre a implementação do produto.

A Caixa foi autorizada pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda para operar no mercado das apostas brasileiro em 30 de julho. Com isso a Caixa deve operar no mercado com as marcas BetCaixa, MegaBet e Xbet Caixa até dezembro de 2029 e irá explorar tanto as apostas esportivas quanto jogos online, nos canais físico e virtual.

O lançamento do novo projeto da Caixa começará com uma Prova de Conceito (PoC) em 70 lotéricas para testar o funcionamento antes da expansão para mais de 13 mil unidades espalhadas por todo Brasil. Este modelo administrativo prevê participação dos lotéricos na receita do canal online, ainda com percentuais e regras de vinculação de clientes indefinidos.

O negócio seguirá o formato “bancado” e terá margem prevista entre 10% e 12%, payout de 88% e aposta mínima de R$ 0,20. A Playtech fornecerá uma solução integrada (“Turnkey” e “Omnichannel”), conectando operações físicas e digitais, além de um programa de afiliados via QR Code que ainda está em estudo.

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Principais desafios para Caixa

• Exigência de cadastro completo (KYC) com documento, biometria facial e verificação de lista de impedidos;

• Proibição atual de pagamentos em espécie, que a Caixa tenta flexibilizar até R$ 500;

• Limitação das apostas presenciais a pré-jogo, sem modalidade ao vivo;

• Necessidade de modernização tecnológica em parte da rede.

Modelos de cadastro ainda serão testados

A Caixa e a Playtech trabalharão com dois modelos de cadastro que ainda serão testados, sendo eles o atendimento no terminal ou autorregistro via QR Code, sempre com validação de dados, telefone e biometria. Presencialmente, haverá apostas assistidas e pré-formatadas, como “A Boa do Dia” e a “Rapidona”, além da possibilidade de montar a aposta no celular e realizar o pagamento no caixa.

A fase piloto do projeto está prevista para cerca de 40 dias e deve ocorrer junto ao lançamento online em 2025 e foi inspirado na operadora francesa FDJ, cuja rede física responde por até 50% do faturamento. O projeto ainda conta com propostas que ainda estão sendo discutidas, como os terminais de autoatendimento e a expansão para outros estabelecimentos via geolocalização.

Porém. alguns lotéricos alertaram sobre os possíveis riscos, como aumento de filas, indefinição de comissões e concorrência interna gerada por QR Codes. Porém, o avanço para testes depende da definição do modelo operacional e da escolha das unidades participantes, com o engajamento da rede física condicionado à clareza nas regras de remuneração e à atualização tecnológica.

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