Representantes das Forças Armadas defenderam, nesta quarta-feira (6), no Senado, que parte da arrecadação das apostas esportivas online seja destinada ao financiamento de programas esportivos, incluindo projetos sociais e o treinamento de atletas de alto rendimento. A proposta foi apresentada durante audiência pública na Comissão de Esporte (CEsp), a pedido da presidente do colegiado, senadora Leila Barros (PDT-DF).

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Durante o encontro, os militares ressaltaram a participação histórica das Forças Armadas no desenvolvimento do esporte brasileiro. Eles citaram desde a primeira medalha de ouro conquistada pelo país nos Jogos Olímpicos de 1920, em Antuérpia, pelo tenente Guilherme Maranhense, até conquistas recentes, como a da sargento Bia, integrante do programa de atletas de alto rendimento, que subiu ao lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas de Paris.

Projetos sociais além dos quartéis

Os diretores dos programas enfatizaram que as iniciativas não beneficiam apenas militares. Entre elas está o projeto João do Pulo, que atende crianças com deficiência a partir de 6 anos no contraturno escolar, oferecendo atividades esportivas, alimentação, reforço escolar e ações culturais.

Outro programa destacado atende crianças e adolescentes de 6 a 18 anos em situação de vulnerabilidade social, promovendo inclusão por meio do esporte e da educação. A prioridade é para jovens que vivem próximos aos quartéis.

Relação entre apostas e esporte: apoio, mas com regras

Na audiência, foi lembrado que as casas de apostas já são importantes patrocinadoras do esporte brasileiro em diversas modalidades. Um dos participantes falou sobre um “casamento” entre as bets e o esporte, mas reforçou a necessidade de um regramento claro, sobretudo por envolver atletas que são formadores de opinião.

Com o encerramento da audiência, a Comissão de Esporte deve avaliar a inclusão dos programas das Forças Armadas na revisão da Lei das Bets. Ainda não há valores definidos nem prazos para a possível distribuição de recursos.

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