Sem regulamentação, eram necessárias somente 2 horas para operar uma casa de apostas no Brasil

Na madrugada da última sexta-feira, 22, a Câmara enfim aprovou o projeto de lei 3626/23, responsável pela regulamentação das apostas esportivas no Brasil. O texto, havia sofrido alterações no Senado e precisou retornar a Câmara dos Deputados.

Uma das principais mudanças, havia sido a retirada de cassinos e jogos online do texto. Porém, o tema traria muitos malefícios ao cenário e foi o principal motivo para que a sessão de votação entrasse na madrugada de sexta-feira adentro.

Recentemente, o Estadão apresentou um material que denunciava a venda de sites de cassinos prontos por R$50 mil. Além disso, algumas plataformas alugadas oferecem pacotes por apenas R$400 mensais.

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A reportagem do Estadão entrevistou duas empresas que alugam sistemas de apostas e as mesmas esclareceram a facilidade de uma empresa operar no Brasil sem uma regulamentação sancionada. Segundo as empresas, um site de jogos pode ser disponibilizado para operação em apenas 24h conforme uma das empresas, a outra, afirmou que em apenas 2h já é possível operar no Brasil.

Ainda segundo a reportagem, a inclusão de cassinos no site possui uma taxa de pagamento de R$10 mil. Além disso, há um acréscimo de um repasse de 15% a 17% mensais.

Os sites ainda podem incluir qualquer modalidade esportiva para apostas, como inclusive, torneios de futebol da Várzea, por exemplo. Além disso, as empresas trabalham apenas com PIX ou com pessoas responsáveis por fazer propaganda nas ruas e assim, fazer as operações.

Logo, estima-se que, atualmente, mais de 4 mil casas de apostas estão operando no país, movimentando entre R$100 bilhões a R$150 bilhões nos últimos cinco anos. Assim, fica clara a importância da regulamentação das apostas esportivas no Brasil para impedir golpes e fraudes aos investidores esportivos brasileiros.