A SPA, Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, informou nesta terça-feira, 26, que o setor de apostas esportivas e jogos online registrou um faturamento de R$ 17,4 bilhões no Brasil durante o primeiro semestre de 2025. O valor corresponde ao chamado Gross Gaming Revenue (GGR), que é a diferença entre o montante apostado e os prêmios pagos aos jogadores.

Segundo o relatório, cerca de 17,7 milhões de brasileiros participaram desse mercado no período, com um gasto médio de R$ 983 por semestre, equivalente a cerca de R$ 164 por mês. Destes, a maioria dos usuários é formada por homens  com 71% do público, enquanto as mulheres representam 28,9% do total.

“O nosso objetivo é, a partir de agora, fazer divulgações periódicas da atuação da SPA e da evolução do mercado de apostas de quota fixa no Brasil, cumprindo o compromisso deste governo com a transparência e, sobretudo, prestando contas à sociedade acerca das responsabilidades do Estado e dos atores privados”, afirmou Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.

Faixa etária predominante está entre 31 e 40 anos 

A faixa etária predominante está entre 31 e 40 anos (27,8%), seguida pelos grupos de até 25 anos (22,4%) e de 25 a 30 anos (22,2%). Com isso, a atividade gerou cerca de R$ 4,7 bilhões em tributos entre janeiro e julho, sendo R$ 2,6 bilhões apenas em apostas esportivas. 

Vale destacar que. atualmente, a alíquota sobre o GGR é de 12%, mas está previsto um aumento para 18% a partir de novembro. Os valores arrecadados serão redistribuídos pelo governo para diversas áreas conforme a regulamentação, sendo elas:

• 36% para o Esporte, 28% para o Turismo;
• 13,6% para a Segurança Pública;
• 10% para a Educação;
• 10% para a Seguridade Social;
• 1% para a Saúde, além de percentuais menores destinados a entidades civis, Polícia Federal e Agência de Desenvolvimento Industrial.

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Reforço na fiscalização

Com o crescimento exponencial do setor, o governo tem intensificado a fiscalização sobre o setor de apostas, com o ampliamento do monitoramento das empresas licenciadas. Apenas neste ano, 15,4 mil sites não autorizados foram retirados do ar e 255 contas ligadas a operadores irregulares foram suspensas. 

"A SPA chegou ao fim do primeiro semestre contabilizando 15.463 páginas retiradas do ar pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), desde outubro de 2024.", afirmou o governo.

Na área de publicidade, o Ministério da Fazenda destacou o avanço da parceria firmada com o Conselho Digital do Brasil. A entidade reúne algumas das maiores empresas de tecnologia atuantes no país como, Google, Meta, TikTok, Kwai e Amazon.

"Com essa parceria, busca-se maior eficiência na derrubada da publicidade das empresas ilegais, assim como a detecção e derrubada de perfis e propagandas divulgados como se fossem conteúdos orgânicos, desrespeitando as normas. No combate à publicidade ilegal nas redes sociais, foram concluídos 120 processos, tendo como resultado a remoção de 112 páginas de influenciadores e mais 146 publicações", concluiu.

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